No último sábado (04/06) o Sintracoop – ES realizou sua tradicional Assembleia Geral. O evento aconteceu no auditório da faculdade Estácio de Sá e reuniu trabalhadores de todo o Estado. O objetivo era votar a contraproposta patronal do aditivo das Convenções Coletivas de Trabalho ramos: Geral – Educacional, Agropecuário – Laticínios, Saúde, Crédito, Trabalho e Transporte. Foram apresentados aos trabalhadores todos os índices oferecidos pelo sindicato patronal, que foi rejeitado pela grande maioria dos presentes. Com isso, o sindicato irá formalizar a decisão à OCB/ES e aguardar uma nova rodada de negociações, com o intuito de construir uma contraproposta que possa ser levada aos trabalhadores.

Segundo o presidente do Sintracoop – ES a proposta foi muito aquém do que pedido pelo sindicato. “O que nos trouxeram foi uma proposta que não chega nem perto do que pedimos e muito menos do que o trabalhador merece. Deixamos hoje a assembleia em aberto para que possamos continuar as negociações com o patronal até termos boas notícias aos trabalhadores e vamos passar em todas as cooperativas e levar a proposta para que eles possam votar, secretamente, se aceitam ou não o que está sendo proposto. Não fecharemos nenhum aditivo sem ouvir o trabalhador”, afirmou Evaristo.

 

O secretário geral do Sintracoop – ES, Raphael Miguel, explicou que as negociações em aberto não prejudicam o trabalhador, pois ele receberá ao final das tratativas todos os reajustes retroativos ao mês de junho, que é a data base da categoria. “Quanto mais rodadas de negociações fizermos com o patronal, mais benefícios conquistamos. Por isso pedimos a todos que tenham paciência e confiem no trabalho do sindicato, não haverá nenhum tipo de prejuízo ao trabalhador”. 

A assembleia é anualmente aguardada com ansiedade não apenas pelos trabalhadores capixabas. O encontro também recebe dirigentes sindicais de diversas partes do país. Participando pelo terceiro ano consecutivo, o delegado sindical de Minas Gerais Fabio Fortes e o presidente do Sintracoop - MG e vice presidente da Fenatracoop, Marcelino Botelho, fazem questão de marcar presença. “Já estamos algum tempo acompanhando o trabalho e fico muito satisfeito em ver este auditório sempre lotado, com participação maciça dos associados. Essa troca de experiências entre entidades é muito importante para a categoria”, avaliou Marcelino.

Além da votação da proposta, os presentes também puderam contar com a palestra motivacional do psicólogo Victor Guedes, cujo tema era: Que crise é essa? O palestrante instigou os participantes a refletirem sobre como alcançar aprendizado com a crise. “A crise vai passar, sempre passa, mas e nós, enquanto profissionais, o que aprendemos com isso? A nos dedicarmos mais ao trabalho, a buscar mais conhecimento, administrar melhor o tempo e as finanças. Se a crise traz algum benefício é o de de sairmos da zona de conforto e melhorarmos como profissionais e como pessoa. Espero ter conseguido fazer o pessoal refletir”, apontou Victor.

Durante a assembleia foram sorteados alguns brindes aos participantes e também foi feito um bingo de uma moto CG125. O ganhador foi Edson Alves, funcionário da cooperativa Veneza de Nova Venécia. No final os participantes elogiaram o evento e também o empenho que a entidade vem demonstrando na defesa do trabalhador. “Valeu muito participar da assembleia do SINTRACOOP/ES. Os trabalhos foram muito bem conduzidos pelo presidente e os demais componentes da mesa. A participação dos colegas na hora da votação foi um exemplo de sindicato com pensamento alinhado. Parabéns a toda equipe de trabalho do SINTRACOOP/ES. Orgulho-me em participar desse sindicato que tão bem defende o interesse da classe”, elogiou a funcionária da cooperativa Cafesul Natércia B. V. Rodrigues. O funcionário do Sicoob Norte, Luciano P. da Silva ficou bastante satisfeito com a união dos trabalhadores em prol de seus direitos. "Foi muito valida a participação no evento, irei mais vezes. A classe trabalhadora deve se unir para reivindicar seus direitos, em relação ao sindicado achei a postura muito sensata, não fechar o acordo sem conhecimento prévio dos trabalhadores, e negociar diretamente com os diretores, haja visto que oferecer 5,00% a 7,5% de reajuste não cobre nem a inflação".